domingo, 19 de abril de 2015

Sobre o que fazer ou não fazer, também

E quando a gente tem um poema favorito
Faz o quê com ele?
A gente dá de presente pra um amigo?
Ou deixa lá, guardado
Salvo nos favoritos?
Tatuar na pele deveria ser uma opção...
Mas não.
Ele é livre demais pra se deixar prender
Nesse órgão extenso do nosso corpo
Tatuado ele perderia a beleza
A leveza
Porque a tinta pesa
E com o passar do tempo
Vai pesando ainda mais
Cheio daqueles significados
Doados por quem não tem muito a ver de fato
Com o poema tatuado
Peso pesado
É o pré-conceito velado
Que não mostra a cara
E esconde o que tá na “lata”
Porque preconceito não consegue ser de todo escondido
Ele fala, baixinho.. quase cochichando
Mas fala
E quando a gente dá as costas
Viiiixi
Coitado do poema
Até sem sentido se torna
Deus defenda fazer isso com um poema
Logo aquele
Aquele que tem tanto de mim
Aquele que arranca meus mais sinceros suspiros
Que não tem rima pra muita gente
Porque ele só faz sentido
Pra quem não quer dar sentindo algum
Pra coisa alguma
Nem na vida
Nem na rima

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Futuriver

Não se vive sem esperar um futuro
Viver é sempre esperar algo
Um amigo
Um amor
Uma oportunidade
Uma felicidade
Não se vive esperando o que passou
Porque o que passou não volta
E o futuro vem
Ele bate na porta
Chegar é estar vivo
Partir é morrer